25 abril, 2007

Meus sonhos


Como se em sonhos

meus sonhos libertos

com outros trocassem

carinhos e gestos,

espelhando imagens

sons e miragens

tão desconhecidos

nunca pensados,

quanto mais vividos.

Como se de noite

qual cavalos soltos

sem freio nem dono

nossos sonhos loucos

corressem campinas

voassem pelos céus

na poeira de estrelas

senhores dos caminhos

sem olhar destinos.

Como água dos rios

correndo para o mar

sem medo de margens

rochas ou montanhas

simplesmente indo

assim são meus sonhos

que os teus procuram

para um inevitável

confluente abraçar.


14 abril, 2007

240 - Silenciosa


Silenciosa
a seiva percorre
troncos enrugados


239 - Pendentes


Pendentes do ramo
flores amarelas
resplendem ao Sol


238 – Ao nosso redor


Ao nosso redor
sinfonia de verdes
- amor à Vida


237 – Entre reflexos


Entre reflexos
e a realidade
fica o sonho


236 - Braços


Braços cobertos de flores
a árvore
saúda a terra


235 – A lagartixa


A lagartixa
saboreia o Verão
no branco muro


234 – Noites de verão


Noites de verão
serenatas nas ruas
amores no ar


233 – Olhar amarelo


Olhar amarelo
espreita no escuro
pronto a saltar


232 – À volta do templo


À volta do templo
as colunas cantam
eternidade


231 – Nuvens em pranto


Nuvens em pranto:

castelos desfeitos

ao sabor do vento