Se eu fosse um raio de luz
que no céu corre a brilhar
um pequeno raio de luz
que cor teria ao teu olhar?
Se eu fosse um raio de luz
que entre nuvens vai brincar
um pequeno raio de luz
que farias para me achar?
Se eu fosse um raio de luz
que vive no meio do ar
um pequeno raio de luz
como saberias me amar?
E se eu fosse um raio de luz
Que mal se pode enxergar
um pequeno raio de luz
Como poderias me pegar?
28 novembro, 2007
E se eu fosse um raio de luz?
19 novembro, 2007
039 - Como se inventadas
Como se inventadas
estranhas criaturas
deslizam descuidadas
nas águas escuras.
Os corpos esguios
como notas de música
duma antiga melodia
indo e voltando
sem repetir compassos.
Os rostos brilhantes
como lembranças
de reflexos lunares,
algures numa noite
de verão já vivido.
Os cabelos asas
como leque aberto
em caricias de vento,
levam para os céus
minhas doces ninfas.
22 outubro, 2007
038 - No penhasco
No penhasco
olhando o mar ao longe
abro as asas
de meus sonhos doridos
sinto o vento
balsamo me envolvendo
e meu olhar
foge por fim livre e louco
raio de luz
sobrevoando o Oceano
28 setembro, 2007
O que escrevo
Se tudo o que escrevo
fosse verdade e vivido,
sem sonhos de permeio
nem sentidos pressentidos,
então eu seria o tinteiro
e da caneta a tinta,
mão, pincel, traço breve
em tela ou papel virgem,
ao me olhares tu verias
uma chama, carne viva.
03 setembro, 2007
13 agosto, 2007
06 julho, 2007
31 maio, 2007
10 maio, 2007
07 maio, 2007
04 maio, 2007
02 maio, 2007
Adeus
Adeus ameixeira
adeus quintal
adeus casa vazia
cheia de saudades
adeus meu amigo,
bati asas e voei
rumo ao Sul
rumo ao Sol
cheia de sonhos
e de lembranças.
Partida anunciada
Como em foto
já esquecida
assim me olhei
ausente
sem ter partido.
Como o ontem
logo amanhã,
rio sem margens
correndo suave
e quente.
Noite, logo dia
assim é o tempo.
Guardei em adeus
este instante
de sépia vestido.
25 abril, 2007
Meus sonhos
Como se em sonhos
meus sonhos libertos
com outros trocassem
carinhos e gestos,
espelhando imagens
sons e miragens
tão desconhecidos
nunca pensados,
quanto mais vividos.
Como se de noite
qual cavalos soltos
sem freio nem dono
nossos sonhos loucos
corressem campinas
voassem pelos céus
na poeira de estrelas
senhores dos caminhos
sem olhar destinos.
Como água dos rios
correndo para o mar
sem medo de margens
rochas ou montanhas
simplesmente indo
assim são meus sonhos
que os teus procuram
para um inevitável
confluente abraçar.